-Era uma vez una menina que se chamava Capuchinho Amarelo. -Não, Vermelho! -Isso, Capuchinho Vermelho. -A sua mãe chamou-a e disse-lhe: "Ouve, Capuchinho Verde…"
O avô interrompeu a plácida leitura do jornal para contar à sua neta uma história que não é por ser clássica que lhe custa menos a contar. Desconhecimento? Em absoluto. O ancião consegue que seja a pequena quem realmente reproduz o conto, ao corrigir os enganos que ele comete deliberadamente porque, é ‘confundindo histórias’ que o enredo se transforma num proveitoso recurso expressivo.
Esta peculiar versão do Capuchinho, ideal para ser contada, é um verdadeiro jogo de humor para o leitor e uma lição - útil e simples - para os contadores de histórias, uma lição que lhes permite sentir a vibrante emoção do público infantil, atento e em alerta total, assim que lançado este irresistível anzol ao voraz apetite da sua imaginação.